Seca em Portugal - 2012
Acompanhamento da situação de seca em Portugal em 2011/2012.
INTRODUÇÃO
A seca pode definir-se como sendo um período de persistência de tempo seco, ou seja, com falta de precipitação (Instituto de Meteorologia).
A posição geográfica da península Ibérica é propícia à ocorrência periódica de secas, nomeadamente quando o anticiclone subtropical do Atlântico Norte se mantém numa posição de bloqueio, não permitindo a chegada das depressões vindas do Atlântico. No quadro ao lado apresentam-se as secas com maior extensão territorial desde 1940, de acordo com o site da ANPC, o que vem confirmar a frequência do fenómeno. A última grande seca ocorreu em 2004/2005, tendo sido a que afectou maior extensão territorial e a de maior intensidade. |
Índice de seca meteorológica a
30 de Abril de 2012. Fonte: IM. |
SITUAÇÃO ACTUAL (30/ABR/2012)
A situação de seca meteorológica em Portugal continental desagravou-se substancialmente em todas as regiões, deixando de se registar qualquer território em seca extrema, a classe mais grave do índice PDSI. Assim, no final de Abril:
Segundo o Instituto de Meteorologia, a quantidade de precipitação até 30/04 situou-se próxima ao normal, sobretudo no Norte e Centro, tendo sido ligeiramente inferior à média na região Sul. Até ao momento, a precipitação ocorrida em 2011/2012 é de 404.3 mm, valor bastante inferior à média mas, ainda assim, superior ao da seca de 2004/2005. Fonte: Instituto de Meteorologia.
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Para o mês de Maio, o Instituto de Meteorologia prevê que se mantenha a situação de seca, já que estão previstos valores de precipitação abaixo da média, sobretudo para a região Sul. Nesta região poderá, assim, registar-se um agravamento da situação.
Consultar a síntese do Instituto de Meteorologia para mais informações >>
ALBUFEIRAS - SITUAÇÃO ACTUAL (30/ABR/2012) A maior parte das bacias hidrográficas do país continua a apresentar valores abaixo da média 1990/2011.
Entre Março e Abril, registaram-se aumentos no volume de água armazenada em sete bacias (Lima, Cávado, Ave, Mondego, Oeste, Guadiana e Sado) e ligeiras descidas nas restantes. Os valores mais elevados continuam a pertencer ao Mondego e Mira, registando-se uma grande subida da bacia do Ave. Todas estas bacias estão com valores acima da média. Os valores de armazenamento mais preocupantes continuam a registar-se nos extremos do país: Arade, no Algarve, bacia habitualmente muito afectada em períodos de seca, com apenas 21% da sua capacidade preenchida, e Lima, nos 46%, que ainda assim regista uma grande subida em relação ao mês anterior. O abastecimento de água às populações não está em causa. Consultar o boletim de armazenamento nas albufeiras de Portugal continental do SNIRH/INAG >> |
Situação das Albufeiras em Março de 2012.
Fonte: SNIRH/INAG. |